Adélia Luzia Prado Freitas, também conhecida como Adélia Prado, nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, no dia 13 de dezembro de 1935. Com a morte de sua mãe em 1950, Adélia passou a escrever seus primeiros versos.
Em 1976, Adélia publicou o livro Bagagem, onde nele havia o poema Com licença poética, trabalho de grande sucesso da escritora. Tendo como análise, podemos perceber logo nos primeiros versos uma intertextualidade paródica com o Poema de sete faces de Carlos Drummond de Andrade.
Por meio das expressões “um anjo esbelto e desses que tocam trombeta", Adélia então fez nascer um eu-lírico feminino, e em seus primeiros versos podemos ver que ela tentou definir sua imagem, se descrevendo de uma forma simples e grandiosa, sem deixar de comentar sobre suas diferenças perante ao universo masculino.
Nos próximos versos podemos ver que Adélia diz o quão árdua é ser uma mulher-poeta. Nos sextos e sétimos versos, a poeta já se mostra conformada com sua condição, ou seja, a se ser mulher, esposa e dona de casa, pois ela é desdobrável. Em seguida vemos ela abordando assuntos ligados à mulher, como o parto ou medo de não se casar. Ao citar que dor não é amargura, ela quer dizer que mulher sofre, mas transforma a dor em crescimento.
Podemos então ver que Adélia em seu poema é determinada a buscar sua satisfação como mulher, dizendo que mulheres são desdobráveis, flexíveis, diferente dos homens.
Segue abaixo uma homenagem às mulheres que a Caixa Econômica fez, usando o poema de Adélia Prado. Emocionante.
http://www.youtube.com/watch?v=_tBQfW7j0uw
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