quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Análise do poema 'Com licença poética'

 Adélia Luzia Prado Freitas, também conhecida como Adélia Prado, nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, no dia 13 de dezembro de 1935. Com a morte de sua mãe em 1950, Adélia passou a escrever seus primeiros versos.
 Em 1976, Adélia publicou o livro Bagagem, onde nele havia o poema Com licença poética, trabalho de grande sucesso da escritora. Tendo como análise, podemos perceber logo nos primeiros versos uma intertextualidade paródica com o Poema de sete faces de Carlos Drummond de Andrade. 
 Por meio das expressões “um anjo esbelto e desses que tocam trombeta", Adélia então fez nascer um eu-lírico feminino, e em seus primeiros versos podemos ver que ela tentou definir sua imagem, se descrevendo de uma forma simples e grandiosa, sem deixar de comentar sobre suas diferenças perante ao universo masculino.
 Nos próximos versos podemos ver que Adélia diz o quão árdua é ser uma mulher-poeta. Nos sextos e sétimos versos, a poeta já se mostra conformada com sua condição, ou seja, a se ser mulher, esposa e dona de casa, pois ela é desdobrável. Em seguida vemos ela abordando assuntos ligados à mulher, como o parto ou medo de não se casar. Ao citar que dor não é amargura, ela quer dizer que mulher sofre, mas transforma a dor em crescimento.
 Podemos então ver que Adélia em seu poema é determinada a buscar sua satisfação como mulher, dizendo que mulheres são desdobráveis, flexíveis, diferente dos homens. 


Segue abaixo uma homenagem às mulheres que a Caixa Econômica fez, usando o poema de Adélia Prado. Emocionante.


http://www.youtube.com/watch?v=_tBQfW7j0uw

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