quinta-feira, 28 de março de 2013

as faces de uma coralista


Quando eu nasci um anjo cantante,
desses que não calam a boca, anunciou:
vai ser coralista.
Cargo muito difícil para alguém,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os desafios que me cabem,
sem sentir vergonha.
Não sou tão ruim que não possa cantar,
quando se tem sentimento, nada fica ruim.
O que sinto, eu canto.
- voz rouca não é amargura.
Meu cansaço não tem pedigree,
já minha vontade de soltar a voz,
é algo infinito.
Quem canta esquece os problemas, tem vontade de cantar pra sempre. Eu tenho.

Erika Kronemberger

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